Comunicação

Conectividade ecológica na Amazônia depende de Terras Indígenas e Unidades de Conservação

Por:  Camila Duarte Ritter

Estudo revela que esses territórios funcionam como verdadeiras redes de proteção para a biodiversidade.

Um novo estudo publicado na revista PNAS, liderado por pesquisadora do Instituto Juruá em colaboração com parceiros nacionais e internacionais, mostra que as Terras Indígenas (TIs) e as Unidades de Conservação (UCs) são essenciais para manter a Amazônia conectada. Esses territórios não apenas protegem a floresta, mas também garantem a continuidade dos processos ecológicos que sustentam a vida.

A pesquisa analisou diferentes regiões da Amazônia e revelou que as ameaças industriais, como desmatamento, mineração e grandes empreendimentos, não se distribuem de maneira uniforme. Em algumas áreas, os ecossistemas já estão fragmentados e isolados. Mas em outras, onde predominam TIs e UCs, a floresta ainda preserva uma forte conectividade.

Um exemplo emblemático é o rio Juruá, sub-bacia que se destaca por sua alta conectividade. Suas águas sinuosas e conservadas, somadas às florestas alagáveis (várzeas) e de terra firme, formam um verdadeiro corredor ecológico. Essa conectividade garante a circulação de nutrientes e a dispersão de espécies animais e vegetais, fundamentais para a biodiversidade e a saúde dos ecossistemas amazônicos.

Foto: Um barco desliza pelo Rio Juruá, um dos cursos de água mais interligados da Bacia Amazônica. Autor: André Dib
Foto: Um barco desliza pelo Rio Juruá, um dos cursos de água mais interligados da Bacia Amazônica. Autor: André Dib

Foto: Um barco desliza pelo Rio Juruá, um dos cursos de água mais interligados da Bacia Amazônica. Autor: André Dib

O estudo também destaca que a proteção do território não é apenas natural. A forte organização social das comunidades indígenas e ribeirinhas desempenha um papel decisivo, articulando conservação da natureza com o bem-estar das populações locais. A mensagem é clara: a preservação da Amazônia depende tanto da força da floresta quanto da resistência e do protagonismo dos povos que nela vivem.

Este trabalho reforça a necessidade de fortalecer os direitos territoriais e apoiar a gestão comunitária, caminhos fundamentais para um futuro sustentável da Amazônia, de seus rios, florestas e povos.

👉 Quer saber mais? Leia o artigo completo: Indigenous territories and protected areas are crucial for ecosystem connectivity in the Amazon basin

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