FÓRUM TMJ

A multiparceria que acontece na região do Médio Juruá é realizada por organizações de base comunitária que protagonizam as atividades em conservação, e são apoiadas, e são apoiadas por diversas entidades públicas e privadas. Os impressionantes resultados alcançados pela conservação de base comunitária são fruto de um trabalho coletivo. 

O Fórum Território Médio Juruá (Fórum TMJ) reúne essas organizações locais e demais parceiros que atuam no território, com o objetivo de integrar e fortalecer a cooperação mútua em prol da qualidade de vida de povos e comunidades tradicionais, cadeias de valor e a conservação da biodiversidade na região. 

Conheça abaixo algumas das organizações que integram o Fórum TMJ e que atuam em parceria com o Instituto Juruá:

A multiparceria que acontece na região do Médio Juruá é realizada por organizações de base comunitária que protagonizam as atividades em conservação, e são apoiadas por diversas entidades públicas e privadas. Os impressionantes resultados alcançados pela conservação de base comunitária são fruto de um trabalho coletivo. 

O Fórum Território Médio Juruá (Fórum TMJ) reúne essas organizações locais e demais parceiros que atuam no território, com o objetivo de integrar e fortalecer a cooperação mútua em prol da qualidade de vida de povos e comunidades tradicionais, cadeias de valor e a conservação da biodiversidade na região. 

Conheça abaixo algumas das organizações que integram o Fórum TMJ e que atuam em parceria com o Instituto Juruá:

ORGANIZAÇÕES DE BASE COMUNITÁRIA

Associação dos Produtores Rurais de Carauari - ASPROC

A Associação dos Produtores de Carauari foi criada há mais de 25 anos, no início dos anos 90, em meio a um contexto de lutas sociais travadas pelos extrativistas da região do Médio Juruá, com o apoio da igreja Católica e o Movimento de Educação de Base (MEB), contra um sistema de opressão humana e exploração nas relações comerciais, herdado do sistema patronal durante o período áureo de exploração da borracha. A ASPROC coordena o manejo do pirarucu e é responsável pela comercialização dos produtos do agroextrativismo, representando mais de 500 famílias de 55 comunidades ribeirinhas do município de Carauari. Faz parte do Coletivo do Pirarucu, uma rede integrada por pescadores e diversas organizações comunitárias, governamentais e não governamentais, que atua desde 2018 na articulação de estratégias de valorização e fortalecimento da prática de manejo do pirarucu.

Cooperativa Mista de Desenvolvimento Sustentável e Economia Solidária do Médio Juruá - CODAEMJ

A Cooperativa Mista de Desenvolvimento Sustentável e Economia Solidária do Médio Juruá foi criada em 2003 e representa um importante elo da cadeia produtiva de sementes oleaginosas no Médio Juruá, realizando desde a coleta de matéria prima da floresta, beneficiamento, produção e transporte do produto final a seus clientes no setor de cosméticos. Um dos mais importantes clientes da CODAEMJ é a empresa Natura que utiliza os óleos de andiroba, murumuru e ucuuba em seus produtos da linha Ekos. A CODAEMJ conta atualmente com mais de 300 membros ativos, sendo que mais de 60% dos membros são mulheres extrativistas. Fazendo uso de práticas de manejo sustentável a cadeia produtiva dos óleos vegetais gera renda para ao menos 56 comunidades rurais. O trabalho da CODAEMJ tem causado impacto positivo tanto na economia local, com a promoção da geração de renda e melhoria da qualidade de vida de seus cooperados, quanto na valorização da cultura dos povos tradicionais da Amazônia.

Associação dos Moradores Extrativistas da Comunidade São Raimundo - AMECSARA

A Associação dos Moradores Extrativistas da Comunidade São Raimundo surgiu em 2006 a partir da necessidade que a comunidade São Raimundo viu em se organizar para reivindicar seus direitos. Iniciou com 18 sócios fundadores e hoje tem mais de 60 sócios. A AMECSARA atua em projetos voltados para o apoio do fortalecimento de cadeias produtivas não madeireira, conservação ambiental, organização comunitária e apoio à Educação Ambiental, contribuindo para fortalecer as ações de melhoria da qualidade ambiental, a geração de renda e, principalmente, a organização social dos povos e comunidades da região. Nos últimos anos a AMECSARA tem focado na formação de jovens lideranças como novos formadores de opinião, formação de Agentes Ambientais Voluntários que atuam como pontos focais no combate ao mau uso dos recursos naturais e na conservação de quelônios para que a população desses animais continue aumentando e que as comunidades possam de forma sustentável manejar esse recurso e garantir o bem-estar das presentes e futuras gerações. 

Associação dos Trabalhadores Rurais de Juruá - ASTRUJ

Localizada no baixo curso da bacia Juruá, a Associação dos Trabalhadores Rurais de Juruá surge em 1998 e logo em seguida, graças a esta organização de base comunitária, é criada a Reserva Extrativista Baixo Juruá. No início, havia apenas 15 sócios, hoje já são quase 150 cadastrados e cerca de 500 envolvidos, entre jovens, mulheres e homens agroextrativistas, com destaque para a participação feminina inclusive na composição da diretoria. As cadeias produtivas de foco são: o pescado (pirarucu, tambaqui, etc.), os óleos, a farinha e o mel de abelha. Graças ao trabalho empenhado pela ASTRUJ, moradores do município de Juruá seguem motivados/as para buscar maior qualidade de vida, por meio da sociobiodiversidade e com a premissa da floresta em pé!

Associação de Mulheres Agroextrativistas do Médio Juruá - ASMAMJ

A Associação de Mulheres Agroextrativistas do Médio Juruá foi criada em 2004 e atua promovendo encontros entre as mulheres na região, levantando o debate da igualdade de gênero e questionando posturas que consideram opressoras. Em 2017, a associação ganhou força com o aumento da participação das mulheres, que buscam também maior visibilidade do papel fundamental desempenhado por elas na luta histórica por emancipação econômica, pelo território e pela conservação dos recursos naturais. A ASMAMJ é parte integrante do Fórum do Território Médio Juruá, e cada vez mais conquista a participação feminina nos espaços de tomada de decisão.

Associação dos Moradores Agroextrativistas da Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Uacari - AMARU

A Associação dos Moradores Agroextrativistas da Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Uacari existe desde 2005, foi idealizada e fundada por líderes locais, membros da igreja católica e também representantes do governo da região. É uma organização sem fins lucrativos, que visa melhorar a qualidade de vida das famílias com atividades sempre voltadas ao desenvolvimento sustentável da RDS Uacari. Atualmente, a AMARU conta com um contrato direto com a Natura, no qual produtos da biodiversidade como o murumuru e a andiroba são utilizados para produção de cremes e manteigas. A associação também participa de projetos de pesquisa voltados para o manejo sustentável do pirarucu e a criação de ninhos de quelônios.

Colônia de Pescadores de Carauari - COLPESCA Z-25

A Colônia de Pescadores de Carauari foi criada em 2002, com 34 associados, sendo hoje composta por cerca de 500 sócios. A Colpesca Z-25 é responsável por legalizar pescadores(as) e seus familiares maiores de idade que vivem exclusivamente da pesca. Sua principal frente de atuação tem sido a profissionalização do(a) pescador(a) de forma sustentável, o estabelecimento de Acordos de Pesca no Médio Juruá, e o manejo do pirarucu, sendo o tambaqui também uma aposta para caminhos do manejo. Além do mais, com o cadastro dos(as) pescadores(as) e seus familiares, a colônia promove condições de acesso a direitos básicos, tais como: auxílios doença, acidente e maternidade, linhas de crédito, aposentadoria e outros. Garantir o sustento das famílias pescadoras e o abastecimento alimentar do município de forma sustentável e planejada é um dos maiores valores reconhecidos pela organização.

Associação dos Produtores Agroextrativistas da Comunidade Nova Esperança - AANE

A Associação dos Produtores Agroextrativistas da Comunidade Nova Esperança é uma organização formada por moradores da Comunidade Nova Esperança, na Reserva Extrativista do Médio Juruá. Além de compor o Fórum do Território Médio Juruá, participando das decisões coletivas a respeito do território, a AANE também promove atividades de saboaria artesanal e ecológica, com uso de produtos da sociobiodiversidade, como andiroba, murumuru e cascas de plantas nativas como o mulateiro, copaíba, jatobá e mutamba. A saboaria promovida pela AANE, além de valorizar o conhecimento tradicional da região, gera renda aos associados e contribui para a manutenção da floresta em pé.

Associação Ambiental, Extrativistas, Pescadores e Produtores Rurais de Itamarati - AAEPPRI

A Associação Ambiental, Extrativistas, Pescadores e Produtores Rurais de Itamarati começou com apenas 12 associados moradores da comunidade Walterburi, hoje conta com 211 membros de diversas comunidades do município de Itamarati, na região do Médio Juruá. A associação é fundamental na busca pela autonomia política e econômica dos comunitários dessas localidades. Ela trabalha promovendo a geração de renda para essas pessoas por meio de ações extrativistas de caráter sustentável, como o manejo do pirarucu, que está sendo iniciado com o apoio de parceiros, incluindo o Instituto Juruá. Além disso, a AAEPRI olha de forma carinhosa para o meio ambiente, envolvendo os moradores das comunidades em projetos como a conservação de quelônios e realizando ações de educação ambiental. A associação é mais uma força na luta por políticas públicas que garantam uma vida digna para as comunidades e o desenvolvimento sustentável da região do Médio Juruá.

Associação Casa Familiar da Floresta do Município de Carauari - ACFFC

A partir de diagnósticos em educação, ficou evidente a necessidade de incluir no currículo formal temas como desenvolvimento territorial, produção agrícola e cadeias de valor dos produtos regionais no médio Juruá. Com este intuito, nasceu a Associação Casa Familiar da Floresta do Município de Carauari, que articulou um currículo integrado do ensino médio para Jovens e Adultos com um Curso Técnico em Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável. A metodologia do curso é baseada na Pedagogia da Alternância, onde os períodos de aulas são intercalados com períodos de retorno à casa para possibilitar a continuidade das tarefas do agroextrativismo. Dessa forma, o ensino formal busca alternativas para garantir o direito a uma escola que atenda as necessidades do povo ribeirinho e considere seus saberes e sua cultura no processo formativo.

AMAB

Associação dos Moradores Agroextrativistas do Baixo Médio Juruá – AMAB

A Associação dos Moradores Agroextrativistas do Baixo Médio Juruá é uma das organizações que realiza os arranjos de conservação que geram renda no Médio Juruá. Desde 2017, em parceria com a Associação dos Produtores Rurais de Carauari – ASPROC, a associação realiza a pesca manejada do pirarucu nas comunidades que vivem na área abaixo da sede do Município de Carauari, no rio Juruá. Mesmo sem estarem inseridas em uma Unidade de Conservação, as comunidades se organizaram e, a cada ano, a associação aprende mais a respeito das limitações logísticas que enfrentou no início, aprimora-se e enxerga cada pesca como um momento de união comunitária que concilia o fortalecimento das cadeias produtivas e a preservação da floresta.

Associação do Povo Deni do Rio Xeruã – ASPODEX

A Associação do Povo Deni do Rio Xeruã (ASPODEX) representa aproximadamente 1000 indígenas da etnia Deni moradores de cinco aldeias localizadas no município de Itamarati, no Médio Juruá (AM). A criação da Associação, em 2006, aconteceu dois anos após uma das principais conquistas deste povo: a demarcação e homologação da Terra Indígena Deni. A ASPODEX trabalha pela garantia dos direitos assegurados aos povos indígenas, como o acesso aos serviços públicos de saúde e educação adequados às suas realidades socioculturais. Em parceria com as lideranças das aldeias, também coordena atividades comunitárias de proteção territorial, conservação ambiental e geração de renda, como o manejo e comercialização sustentável do pirarucu e de sementes oleaginosas.

ORGANIZAÇÕES PARCEIRAS