Comunicação

Membros do Instituto Juruá participam do curso de formação de manejo do pirarucu, em Tefé, no Amazonas

Curso oferecido pelo Instituto Mamirauá forma multiplicadores do manejo do pirarucu, que aprendem com a vasta experiência e a adaptam à realidade dos seus territórios.

Por Karina Pinheiro

Participantes do curso durante na visita ao manejo do pirarucu, em Tefé. Foto: Brenda de Meireles e Daniel Olentino / Instituto Mamirauá – Divulgação

Parte da equipe do Instituto Juruá participou do curso “Gestão Compartilhada de Recursos Pesqueiros com no Manejo Participativo de Pirarucu (Arapaima gigas) em ambientes de várzea” promovido pelo Programa de Manejo de Pesca, do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). 

A capacitação ocorreu entre os dias 18 a 28 de abril de 2023, na sede do município de Tefé e na comunidade Boca do Jurupari, no entorno da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã, Amazonas. Participaram 17 alunos de diferentes instituições da região Norte. Da equipe do Instituto Juruá estiveram presentes a pesquisadora Camila Duarte, o Técnico em Produção Sustentável, Edimar Costa, e a Analista de Recursos Pesqueiros, Simélvia Vida. 

“Eu sou engenheira de pesca, eu tinha uma dimensão de como funcionava as etapas e o processo do manejo, mas, é muito difícil o profissional conseguir acompanhar todas as etapas, desde o planejamento até a comercialização. Então, pegar essa experiência do IDSM foi importante para mim nesse sentido.” afirmou a Analista de Recursos Pesqueiros, Silmévia. 

Durante os onze dias de imersão, os participantes trocaram experiências de manejo, tiveram aulas sobre as pesquisas que subsidiaram o manejo do pirarucu, voltadas para a biologia e ecologia da espécie, o modo de vida das populações ribeirinhas e foram apresentados ao método de contagem de pirarucus, com atividade prática junto aos contadores das comunidades da região.

Estreando na vivência do manejo, a pesquisadora Camila Duarte teve uma experiência muito produtiva durante as etapas do curso. “É um curso muito legal. A ideia era contar a história do manejo do pirarucu, compartilhar os desafios e mostrar como é a estrutura deles. Os primeiros dias foram de apresentação, teve uma parte de palestras sobre a questão de mulheres na pesca, a questão de gênero, a integração que foi super interessante e depois fomos para os temas de pescaria, que era a cada dia um tema diferente.”

Camila Duarte, Simelvia Vida e Edimar Costa em apresentação sobre o Instituto Juruá durante o curso em Tefé. Foto: Acervo Instituto Juruá

A parte prática do curso foi realizada em uma comunidade onde, além da contagem de lagos e demonstrações da pesca do pirarucu, também foram tratadas especificidades de regras sanitárias “a parte sanitária também foi muito importante, já que as regras que surgiram eram criadas para a cidade e não para uma área de várzea, então, foi explicado como foi a história de adaptação das regras sanitárias voltada para essas áreas (de várzea).” complementa a pesquisadora.

A partir da experiência vivida no curso, os membros da equipe do Instituto Juruá retornam ao Médio Juruá com novas ideias, diferentes formas de pensar e estruturar o manejo do pirarucu para serem debatidas e adaptadas junto aos moradores e associações do território.

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