Programas

Áreas Protegidas e Justiça Social

O Instituto Juruá tem se preocupado cada vez mais com as aquisições de terras na região amazônica, principalmente por empresas focadas no mercado de créditos de carbono e para comercialização de produtos da bioeconomia. Essas empresas têm envolvido as comunidades locais em projetos que  apresentam ganhos econômicos expressivos para as mesmas, mas que oferecem benefícios questionáveis para as comunidades locais.

Nesse sentido, o Instituto Juruá tem contribuído no fortalecimento do conceito e na prática da sociobioeconomia, que tem como um dos pilares a distribuição mais justa dos benefícios dessas cadeias produtivas com as comunidades locais que estão garantindo a conservação da biodiversidade, ao mesmo tempo que são detentores do conhecimento tradicional para um uso sustentável desses recursos. 

Além disso, buscamos fortalecer a narrativa da necessidade do reconhecimento das populações tradicionais como os principais atores que garantem a manutenção dos serviços ecossistêmicos. Sendo uma das alternativas econômicas para esse reconhecimento o pagamento pelos serviços socioambientais que desempenham.

Em 2022, o Instituto Juruá adquiriu uma área de aproximadamente 10.000 hectares na região do Baixo Médio Juruá, dentro de uma área de Acordo de Pesca sobre gestão de uma associação local chamada Associação dos Moradores Agroextrativistas do Baixo Médio Juruá (AMAB). A aquisição dessa propriedade tem como objetivo co-construir com as comunidades locais e o poder público, um modelo conceitual de Área Protegida Privada de Base Comunitária.

Programa Área Protegida Privada de Base Comunitária

O presente programa visa construir o modelo conceitual de Área Protegida Privada de Base Comunitária através da experiência prática em uma área modelo no baixo médio Juruá. Nesse sentido, o programa pretende, com base em estudo de modelos pré-existentes e na co-construção com a AMAB e 10 comunidades locais, construir um plano de manejo para gestão dessa área. Esse plano visa tanto garantir a conservação da biodiversidade, como também viabilizar a implementação de cadeias produtivas da sociobiodiversidade, projetos de pagamentos por serviços ambientais, atividades educativas e de turismo ecológico que permitam uma partição de benefícios tanto econômicos quanto sociais mais justa para as comunidades envolvidas.

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