Programas

Governança Territorial e Sociobioeconomia

Empoderamento comunitário para proteção territorial

O Instituto Juruá trabalha com organizações locais para elaborar uma estratégia de zoneamento para a pesca e caça em lagos e florestas de várzea, assegurando um mosaico no qual haja áreas destinadas apenas à proteção e outras direcionadas ao uso de subsistência e/ou comercial.

Em seguida, apoiamos as comunidades na proteção de seu território e manejo dos recursos. Lagos protegidos têm demonstrado aumentos drásticos na abundância de muitas espécies importantes de peixes, incluindo o pirarucu (Arapaima gigas), espécie de alto valor comercial.

Após um monitoramento cuidadoso, uma cota sustentável de pesca anual de pirarucu pode fornecer apoio financeiro substancial a comunidades remotas com poucas fontes de renda alternativas, proporcionando a conciliação entre benefícios ecológicos e socioeconômicos. 

O Instituto Juruá também trabalha em estreita colaboração com parceiros locais na proteção e monitoramento de ninhos de quelônios (Podocnemis spp.), nas praias ao longo do Rio Juruá. Esses programas também contam com um amplo treinamento de lideranças locais para monitoramento populacional das espécies, manejo sustentável e resolução de conflitos. 

Como resultado dessa estratégia, as comunidades locais têm vivenciado um aumento na sua segurança e soberania alimentar, geração de renda, infraestrutura e oportunidades de capacitação.

Empoderamento das mulheres através da pesca sustentável

A Amazônia tem um histórico marcado pela desigualdade de gênero. Neste cenário, as mulheres nem sempre são incentivadas a participar de reuniões e tomadas de decisões, e muitas vezes não são remuneradas por sua participação em atividades econômicas.

No entanto, o manejo comunitário do pirarucu vem contribuindo para uma mudança desse paradigma, ao proporcionar a remuneração das mulheres e oportunidades de treinamento e participação nas tomadas de decisão. Para muitas mulheres, o manejo do pirarucu tem sido a única fonte de renda proveniente da pesca, apesar de elas frequentemente participarem de outros tipos de pesca comercial.

No médio Juruá, a probabilidade média das mulheres serem remuneradas por sua participação na pesca é de 77% nas comunidades onde há manejo do pirarucu, enquanto esse número cai para 8% nas comunidades onde não há (Freitas et al. 2020). Por esse motivo, criamos o programa de empoderamento das mulheres pescadoras, o qual pretende alavancar o manejo do pirarucu fora das áreas protegidas e aumentar a participação da mulher na distribuição de renda e nos processos de tomada de decisão.

Empoderamento das mulheres através da pesca sustentável

A Amazônia tem um histórico marcado pela desigualdade de gênero. Neste cenário, as mulheres nem sempre são incentivadas a participar de reuniões e tomadas de decisões, e muitas vezes não são remuneradas por sua participação em atividades econômicas.

No entanto, o manejo comunitário do pirarucu vem contribuindo para uma mudança desse paradigma, ao proporcionar a remuneração das mulheres e oportunidades de treinamento e participação nas tomadas de decisão. Para muitas mulheres, o manejo do pirarucu tem sido a única fonte de renda proveniente da pesca, apesar de elas frequentemente participarem de outros tipos de pesca comercial.

No médio Juruá, a probabilidade média das mulheres serem remuneradas por sua participação na pesca é de 77% nas comunidades onde há manejo do pirarucu, enquanto esse número cai para 8% nas comunidades onde não há (Freitas et al. 2020). Por esse motivo, criamos o programa de empoderamento das mulheres pescadoras, o qual pretende alavancar o manejo do pirarucu fora das áreas protegidas e aumentar a participação da mulher na distribuição de renda e nos processos de tomada de decisão.

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