COMUNICAÇÃO

Festival da National Geographic reúne pesquisadores da Amazônia

Instituto Juruá foi representado pelo presidente João Vitor Campos-Silva no lançamento do programa Perpetual Planet Amazon Expedition nos Estados Unidos

Por Clara Machado

Os “explorers” da National Geographic são pessoas que se destacam em suas áreas de atuação e são movidas pela diferença que querem ver no mundo. Por isso, recebem financiamento e apoio da Sociedade NatGeo para alavancar seus projetos através da ciência, exploração, educação ou contação de histórias.

Entre os dias 6 e 10 de junho, muitos “explorers” se reuniram na capital dos Estados Unidos, Washington, para celebrarem o lançamento do programa Perpetual Planet Amazon Expedition. Realizado pela National Geographic em parceria com a Rolex, o programa apoia expedições científicas que cobrirão toda a bacia amazônica, desde os Andes até o oceano Atlântico, contemplando diferentes áreas do conhecimento. João Vitor Campos-Silva, presidente do Instituto Juruá, esteve presente no festival como “explorer”. O projeto Guardiões do Rio, apoiado pela iniciativa da National Geographic e Rolex, já está sendo desenvolvido no Médio Juruá, onde um grupos de pesquisadoras realiza entrevistas para reconstruir a história das populações de animais da megafauna aquática amazônica, através de conhecimentos ecológicos dos moradores da região.

National Geographic “Explorers” reunidos no National Geographic Explorers Festival, em Washington,  EUA.

Este projeto tem como objetivo investigar alterações no habitat e nas condições migratórias da vida selvagem aquática na bacia do rio Amazonas e conceber o primeiro modelo de conservação de base comunitária que abranja a escala de toda a bacia.

João Vitor Campos-Silva divide momento de fala com Angelo Bernardino e Jennifer Amaya

Em sua fala, João reafirmou a importância do protagonismo dos povos indígenas e comunidades locais para projetar o futuro da Amazônia, onde a ciência desempenha um papel de apoio e direcionamento. O presidente e pesquisador do Instituto Juruá estava acompanhado de outros “explorers”, Angelo Bernardino, oceanógrafo brasileiro que atua nos manguezais da foz do rio Amazonas avaliando as mudanças na sua capacidade de sequestro de carbono, e com a geóloga colombiana Jennifer Amaya, que realizará, pela primeira vez na Amazônia, uma avaliação sobre a produção de carbono e mercúrio nos tanques de mineração, e seus subsequentes impactos nos cursos d’água da região.

Representar a Amazônia e o Médio Juruá em um evento com pessoas engajadas com o futuro do planeta, vindas de diversas regiões do mundo, encoraja a atuação do Instituto Juruá e reafirma a certeza de que, nas palavras de João Campos-Silva “o futuro é ancestral”.

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