Proyecto VASI pretende fortalecer parceria com o Instituto Juruá para estabelecer o manejo do pirarucu na região.
Por Andressa Scabin
Nos dias 1 e 2 de março deste ano, os diretores do Instituto Juruá João Vitor Campos e Silva e Andressa Bárbara Scabin estiverem em Pucallpa, uma cidade no Peru, com objetivo de fortalecer uma aliança que já havia sido iniciada virtualmente desde 2021 com o Proyecto VASI (Amazonian Vision for na Integrated Sustainability).
O Instituto Juruá e o Proyecto VASI iniciaram um diálogo no início de 2021 para construírem uma proposta de intercâmbio de experiências principalmente relacionadas ao manejo do pirarucu. Desde então foi mantida a comunicação entre as organizações havendo alguns momentos de trocas de experiências na área de comunicação, captação de recursos e gestão organizacional.
O Proyecto VASI é uma organização de base comunitária composta por 9 comunidades da região de Loreto e que conta com apoio de pesquisadores e estudantes. A organização foi criada com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das comunidades e contribuir para a conservação e uso sustentável dos recursos naturais, o que se alinha completamente com a missão do Instituto Juruá.
Durante o encontro com os diretores fundadores do Proyecto VASI, Nancy Damman, Edgardo Gómez-Pisco e Javier Del Águila Chávez foram discutidas muitas possibilidades de parcerias em projetos e intercâmbios tanto relacionados ao manejo do pirarucu quanto iniciativas de implementação de sistemas agroflorestais.
Após a apresentação do presidente do Instituto Juruá, João Vitor, sobre a proteção de lagos, acordos de pesca e sobre os impactos ecológicos e socioeconômicos do manejo do pirarucu no médio Juruá, alguns representantes do Proyecto VASI como o presidente Ytalo Lescano e o secretário Samuel Isamani declararam suas intenções de fortalecer a parceria com o Instituto Juruá para estabelecimento desse modelo na região de atuação da organização.
Essa visita ao Peru e a possibilidade de conhecer pessoalmente a equipe do Proyecto VASI fortaleceu um sentimento antigo sobre a necessidade de estreitarmos parcerias com os outros países da América Latina que possuem floresta Amazônica em seus territórios. Embora nossos idiomas sejam diferentes, nós enfrentamos desafios e temos oportunidades muito semelhantes e por isso é imprescindível aproximar nossa comunicação e aprender uns com os outros.