O evento é uma das principais instâncias de deliberação coletiva do Médio Juruá
Por Maria Phamela Barbosa, Milena Azevedo e Almira Silva
A 34ª reunião do Fórum Território Médio Juruá (FTMJ) aconteceu nos dias 16 e 17 de novembro, na sede da Associação dos Produtores Rurais de Carauari (ASPROC) em Carauari, AM. O evento reuniu representantes de todas as organizações locais que compõem o Fórum Território Médio Juruá, além de parceiros institucionais que atuam na região, sendo um dos principais espaços de comunicação, compartilhamento de informações e deliberação coletiva entre as associações de base comunitária e organizações que atuam no território Médio Juruá. Durante o fórum, acontece a apresentação de resultados, propostas e encaminhamentos de governança para o território. As associações de base apresentaram seus projetos em andamento, os quais foram debatidos, e as principais demandas foram levantadas pelo coletivo e determinado os encaminhamentos necessários.
No primeiro dia, o encontro começou com uma breve apresentação de todos os presentes, seguindo para socialização da pauta, informes, e por fim, um momento para que cada organização compartilhasse suas ações planejadas, projetos e cronogramas.
O evento contou com a participação de algumas das associações de base que compõem o FTMJ: Associação dos Produtores Rurais de Carauari (ASPROC), Cooperativa Mista de Desenvolvimento Sustentável e Economia Solidária do Médio Juruá (CODAEMJ), Associação dos Moradores Agroextrativistas da Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Uacari (AMARU), Associação do Povo Deni do Rio Xeruã (ASPODEX), Associação dos Moradores Agroextrativistas do Baixo Médio Juruá (AMAB), Associação Ambiental, Extrativistas, Pescadores e Produtores Rurais de Itamarati (AAEPPRI), Associação dos Produtores Agroextrativistas da Comunidade Nova Esperança (AANE), Associação de Mulheres Agroextrativistas do Médio Juruá (ASMAMJ), Associação dos Moradores Extrativistas da Comunidade São Raimundo (AMECSARA), Fundo de Repartição de Beneficío – FRBMJ e liderança da aldeia matatiben. Dentre as instituições parceiras estavam presente Instituto de Educação do Brasil (IEB), Natura Cosméticos, ICMBio, Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), o Memorial Chico Mendes (MCM), Sitawi, Fundação Amazônia Sustentável (FAS), Operação Amazônia Nativa – OPAN, Fundo Médio Juruá, Instituto Juruá, Universidade Estadual do Amazonas, Instituto Fronteiras, Conexsus e IABS.
Após o intervalo entre os turnos, quem abriu o segundo turno foi a FAS, Fundação Amazônia Sustentável, trazendo a proposta “Conexão povos da Floresta” e o Projeto de Educação dos Núcleos. Em seguida, a palavra foi da professora Lucinete Gadelha (UEA), trazendo atualizações sobre o curso de Pedagogia do Campo. A Natura também apresentou suas ações no território. Dione Torquato e Francisco Flávio Ferreira do Carmo (CNS) explanaram brevemente sobre o potencial do carbono e o edital do Governo Estadual em Unidades de Conservação.
O Instituto Juruá, nas pessoas de Phamela Barbosa e Janaína Costa também atualizaram os parceiros sobre suas últimas ações em parceria com as organizações de base comunitária, e sobre o projeto da cadeia produtiva das oleaginosas. Fechando o primeiro dia, Ronnayana Silva (Sitawi), apresentou o projeto de pesquisa que estão aplicando no território sobre o manejo do pirarucu e seus impactos sócio e bioeconômicos.
Durante os dois dias de fórum, o Instituto Juruá circulou um questionário entre as organizações de base parceiras, para a avaliação das nossas ações e de diagnóstico de demandas locais para o próximo ano, a fim de nos planejarmos para melhorar o impacto das parcerias.
