O Instituto Juruá esteve presente na mais recente edição do encontro do Fórum Território Médio Juruá, que aconteceu nos dias 17 e 18 de junho de 2022. Esta foi a primeira reunião em formato presencial após o início da pandemia do coronavírus.
Por Letícia Araújo
O Fórum Território Médio Juruá (TMJ) é composto por organizações que atuam ou que têm interesse de atuar no Médio Juruá. Segundo Eude Santiago, um dos responsáveis pela Secretaria do Fórum TMJ, o objetivo principal é de “fortalecer a cooperação e integração entre as organizações e instituições que atuam no Médio Juruá, para promover a qualidade de vida de povos e comunidades tradicionais, cadeias de valor e a conservação da biodiversidade no Médio Juruá”.
O encontro tem como objetivo reunir os participantes do Fórum TMJ para que sejam discutidos pontos importantes ao desenvolvimento e fortalecimento da região. Nesta edição, foram diversas as pautas que uniram as organizações.
No primeiro e no segundo dia houve apresentações das ações, iniciativas e projetos de 2021-22 de cada uma das organizações presentes, começando pelas de base comunitária e concluindo com os demais parceiros. Além disso, foram compartilhadas as atualizações sobre o Fundo de Repartição de Benefícios do Médio Juruá, o segundo ciclo do PTMJ (Programa do Território Médio Juruá) de 2021-24 e um panorama geral sobre a segunda edição do projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia 2, relacionado ao Sítio Ramsar.
A reunião também contou com o compartilhamento de dois importantes estudos para o território: um sobre os “impactos e salvaguardas (ESG) da exploração de óleo e gás na região do Médio Juruá” (Sitawi) e outro sobre o “Encontro de Parceiros do Médio Juruá” (Humana). Dadas as contribuições de todos os presentes, foram levantados na pauta a necessidade de avaliação da Secretaria Executiva do Fórum e os encaminhamentos para o seu autodesenvolvimento e a sua maturidade organizacional.
Nathália Messina, uma das representantes do Instituto Juruá na reunião, explica que o IJ participou da reunião por meio de debates e questionamentos, da articulação com parceiros, incluindo reuniões e celebrações concomitantes, e através da exposição de slides sobre as atividades, projetos e programas desenvolvidos pelo Instituto entre 2021 e 2022.
“Reuniões como essas auxiliam o fortalecimento da coletividade e a governança do fórum, na convergência de projetos, iniciativas e ações integradas, como também no nivelamento de conhecimento sobre temas comuns aos parceiros, nas análises conjuntas, no exercício do debate e da democracia, na defesa do território e das pessoas que nele habitam”, explicou Nathália.
Foram 20 organizações, públicas e privadas, que registraram presença no encontro: Secretaria do Fórum TMJ; Fundo de Repartição de Benefícios do MJ; Instituto Juruá; Operação Amazônia Nativa (OPAN); Sitawi; Humana; Natura; Memorial Chico Mendes; Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS); Associação dos Produtores Rurais de Carauari (ASPROC); Associação dos Moradores Agroextrativistas da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Uacari (AMARU); Cooperativa Mista de Desenvolvimento Sustentável e Economia Solidária da Resex MJ (CODAEMJ); Associação de Mulheres Agroextrativistas do MJ (ASMAMJ); Associação de Moradores Extrativistas da Comunidade de São Raimundo (AMECSARA); Associação dos Moradores Agroextrativistas do Baixo Médio Juruá (AMAB); Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (IDAM); Departamento de Mudanças Climáticas e Gestão de Unidades de Conservação/ Secretaria de Estado do Meio Ambiente (DEMUC/SEMA); Fundação Amazônia Sustentável (FAS); Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit/GmbH (GIZ Brasil) e PPA (Parceiros Pela Amazônia)/ United States Agency for International Development (Usaid).
